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Coronavírus afasta turistas de Nata…

Coronavírus afasta turistas de Natal e todos os passeios são suspensos, incluindo o de buggy

A avenida Rio Branco no centro de Natal deserta na sexta,-feira, 26 de março, com o comércio fechado.
A avenida Rio Branco no centro de Natal deserta na sexta,-feira, 26 de março, com o comércio fechado.

A pandemia do novo Caronavírus (Covid-19) afastou os turistas de Natal e cerca de 90% das reservas de hospedagens foram canceladas apenas no mês de março, segundo a ABIH-RN Associação Brasileira da Indústria Hoteleira, seção do Rio Grande do Norte.

Já a queda de voos nacionais e internacional para a capital potiguar está em torno de 75%  e 95%, respectivamente.

Os passeios de bugues pelas dunas e praias estão suspensos, assim como os outros como os mergulhos nos parrachos de Maracajaú e Perobas, no litoral Norte, e nas piscinas naturais da praia de Pirangi, no litoral Sul.

A empresa Marazul e a Potiguar Turismos, as maiores de Natal, suspenderam os passeios a partir do dia 21 de março até 21 de abril inicialmente, podendo prorrogar o prazo de acordo com a evolução da pandemia no país.

O mais famoso passeio de Natal, o de buggy, pelas dunas, lagoas e praias do litoral Norte, com passagem por Genibapu, está suspenso. 

RN tem  45 casos de coronavírus confirmados até o dia 28 de março

Neste sábado, 28 de março, o Rio Grande do Norte registrava 45 casos positivos de coronavírus, sendo 22 casos em Natal, 14 em Mossoró, segunda maior cidade do Estado, seis casos em Parnamirim e um em Macaíba, municípios da região Metropolitana da capital, e mais dois casos no imterior (Monte Alegre e Passa Fica).

O Governo do Estado determinou o fechamento de bares, restaurantes, praças de alimentação de shoppings e food truck, reduziu o funcionamento das linhas de ônibus intermunicipais, enquanto a prefeitura determinou a redução da frota em circulação dos ônibus urbanos.

Os maiores hotéis da Via Costeira como SRHS e Ocean Palace, na Via Costeira, já comunicaram o fechamento por um mês a partir de abril, atendendo no momento os hóspedes que já estavam com reservas até o dia 30 de março.

Diante da crise, a hotelaria e o setor de turismo do Rio Grande do Norte estão pedindo socorro às autoridades estaduais e federais, enquanto pequenos vendedores ambulantes da praia de Ponta Negra, que concentra a maior parte de hotéis, pousadas, flats e restaurantes e bares, estão em dificuldades até para comer.

Uma senhora que vende picolé da Kibom no calçadão da orla de Ponta Negra relatou na sexta-feira à tarde que está sem comida em casa e esperava que a prefeitura de Natal distribuísse cestas básicas para os pequenos vendedores.

Segunda ela, uma francesa que tem um comercio no calçadão está distribuindo café da manhã para alguns vendedores que estão sem ganhar dinheiro.

A vendedora pediu socorro das autoridades para a situação da categoria que vende picolé, coco gelado, crepes e outros produtos para turistas e natalenses, que agora deixaram de frequentar a praia diante da pandemia.

Não existe proibição oficial por parte da prefeitura de Natal quanto as pessoas  frequentarem as praias, mas sim recomendações para as pessoas não circularem e evitarem aglomerações.

O governo do Estado determinou o fechamento de restaurantes e bares, ficando apenas o atendimento para entrega em domicilio (delivery).

O mais famoso restaurante de Natal, o Camarões, em Ponta Negra, está fechado, assim como outras dezenas de estabelecimentos do setor.

Para os empresários do setor de lazer, o turismo é o primeiro a sentir o impacto da crise causada pela pandemia e deverá ser o último a se recuperar, já que as viagens de férias não são prioridades num quadro atual que as pessoas estão mais preocupadas em sobreviver, cortando gastos.

As companhias áreas por sua vez estão cancelando voos, com a Azul, que já informou que vai cancelar todos os voos para o Estado até o dia 30 de abril para Natal. As empresas Gol e Latam também vão reduzir seus voos para a capital portiguar. 

ABIH-RN pede socorro ao governo Federal para a hotelaria

Diante desse quadro, algumas instituições do setor de turismo estão se mobilizando e cobrando às autoridades medidas urgentes para evitar quebradeira no setor, principalmente as empresas de pequeno e médio porte, com aumento de demissões de pessoal.

Presidente da ABIH-RN, José Odécio espera que o governo Federal possa suspender os contratos de trabalho do setor e assumir o pagamento de um salário mínimo para os trabalhadores a título de seguro desemprego nesse período de crise do coronavírus.

“Do contrário, as empresas serão obrigadas a demitir em massa e os custos de demissão irão ocasionar uma dívida insustentável para que os pequenos e médios empreendimentos se sustentem”, afirma Odécio.

O hoteleiro também destaca que é preciso que o governo Federal abra linhas de créditos mais amplas e com carências maiores para que essas empresas possam se capitalizar e sobreviver a esse período de crise.

A ABIH-RN também está cobrando do governo do Estado para zerar a alíquota do  ICMS sobre a energia elétrica, de água e gás, por pelo menos 12 meses, já estes insumos são os maiores gastos no momento da indústria hoteleira.

Segundo a associação, pois mesmo sem atividade, as estruturas de hospedagem ainda precisam de manutenção e os empresários não têm como arcar com tamanha cobrança em um momento de praticamente zero arrecadação e ocupação.

A ABIH-RN pede para a classe política do Rio Grande do Norte (governadora Fátima Bezerra (PT) e os deputados e senadores que formam a representação do Estado no Congresso Nacional) lute para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) não permita os cortes de energia por inadimplência, tendo em vista a situação do setor sem turistas no Estado.

“Estamos vivendo uma crise jamais vista na história do mundo, todos os esforços são importantes para assegurar o menor nível de prejuízo possível, principalmente em um setor tão significativo para a economia do estado potiguar. Essas são medidas fundamentais para manter as empresas do setor abertas e garantir a manutenção dos empregos, fator que preocupa bastante a todos no momento”, destacou o presidente da ABIH-RN.


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